Ele (TERAPEUTA) não desenvolveu subjugação por pertencer a uma família dominadora, mas presenciava submissão constante dos seus diante de figuras autoritárias.
O que mais escutou na infância foi : ” Evite conflitos! Releve! Ninguém é perfeito! Ele só estava num dia ruim.”
Nunca imaginou que ao se tornar terapeuta teria que reviver dramas infantis. Ao conhecer o simpático e sedutor Paulo, logo se sentiu conectado.
Não tinha dificuldades em acolher e enxergar a dor que existia por trás dos modos disfuncionais, entretanto ao se sentir confortável na relação terapêutica, fez uma intervenção confrontando a ética de Paulo com as mulheres.
Nesse exato momento, todo afeto e respeito demonstrado pelo paciente até então é substituído para um modo arrogante, autoritário e soberbo… “Você não é pago para dizer o que devo fazer, seu psicólogo de merda.”
É quando o terapeuta, confiante segundos atrás, paralisa e sua criança subjugada e tremendo de medo, assume o controle. Cabisbaixo, com uma voz trêmula, pede desculpa ao paciente, assim como fazia durante toda sua infância, tanto com amigos quanto com familiares mais dominantes.
Na QUÍMICA ESQUEMÁTICA ATIVADA entre pacientes e terapeutas, ambos não recebem o que necessitam. O terapeuta ao não conseguir colocar limites, se mantém preso ao mundo infantil e não consegue atender as necessidades do paciente em respeitar a reciprocidade da relação terapêutica.