Cláudio tem esquemas de abandono, privação, abuso e padrão inflexível que são ativados em suas relações amorosas.
O tamanho do amor que sentia por Clara era proporcional ao medo de perdê-la. Em sua história de vida , pessoas importantes eram imprevisíveis e nunca atendiam suas necessidades.
Ainda no começo da relação , já se mostrava controlador e rígido, seja com o tipo de roupa que a namorada usava ou os amigos com quem convivia. Ele estava sempre desconfiado e hipervirgilante, esperando o pior da relação.
O sentimento constante de se sentir sufocada fez Clara, apesar de gostar do namorado, terminar a relação.
De forma inexplicável, Cláudio muda o comportamento. Manda mensagens, doces, envia músicas românticas… reconhece o quanto foi inadequado e apesar de tudo , jura amor eterno. Clara se sensibiliza. Nunca um homem foi tão generoso com ela e assim decide voltar.
Na primeira semana se sentiu a mulher mais amada do mundo… nos dias seguintes viveu um inferno ainda pior que o namoro anterior.
Em terapia compreendeu que o lado fofo de Cláudio era sua criança vulnerável, desamparada e sedenta por amor. Infelizmente, Claudio não possuía um adulto saudável que atenda sua criança e coloque limites em suas estratégias autoderrotistas de controle e rigidez.
Após o fim definitivo da relação , Cláudio se encontra deprimido, mas sua criança pura e ingênua nunca desiste do amor e continua na esperança de ter um colo macio e acolhedor que cuide do seu coração despedaçado.