Ela passou por várias humilhações na infância. A miséria financeira e o bullying no colégio foram algumas delas. O pai era afetuoso, mas passavam a maior parte do tempo trabalhando para tentar sustentar a casa. A mãe, pouco empática, descontava toda sua frustração na filha.

Ele teve vários privilégios. Sempre teve uma vida financeira invejável. Embora não vivesse num ambiente de conexão, interpretava amor as regalias e elogios que seus pais frequentemente lhe proporciona. Só desapontou seus cuidadores uma vez quando se queixou de solidão e escutou do seu pai que era vergonhoso ter um filho fraco.

ELA cresceu desamparada e na esperança de encontrar um amor que a salvasse de si mesma . ELE cresceu confiante, acreditando que o mundo deveria se curvar ao seu talento.

Quando ela o conheceu, se apaixonou imediatamente. O jeito dele seguro, imponente e somado a sua condição financeira a fez acreditar que nunca mais viveria a miséria infantil.

O deslumbre dela junto a um corpo de causar inveja o fez se sentir poderoso e admirado, gerando uma atração mútua.

A relação encaixada e perfeita do início não durou muito tempo . As jóias e promessa de um casamento luxuosa não supria nela a necessidade de atenção e intimidade . Como ele não sabia fazer outra coisa a não ser se exibir, passou a se sentir criticado e defectivivo.

O afastamento também físico dele gerou desespero nela, que passou a demandar cada vez mais ,passando a sentir aversão pelo seu jeito ” pegajoso “. É quando ele decide romper.

O que antes parecia diferente, agora se tornou semelhante, doloroso e insuportável, assim como era na sua infância medíocre.

Enquanto ela se deprime pensando em formas de se desligar de si própria, ele busca nas compras , sexo casual ou pornografia um estimulador que o impeça de escutar a dor de sua criança sozinha mais uma vez.

Author

Terapeuta cognitivo comportamental e atuo como psicológo ha 15 anos . Tenho experiência em dependência química e principalmente relacionamentos destrutivos.

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